[A partir da década de 80, intensifica uma atividade que já vinha exercendo: fazer debates e palestras em faculdades e universidades, teatros, clubes e, até, em praça pública, não só na cidade de São Paulo, mas em inúmeras cidades do interior do mesmo Estado e do Brasil todo.] | |
Teria que acabar fazendo milhares de concessões. Mas, camelô, ah!, isso eu sou bom. Vendo meus livros, dou autógrafos e prometo morrer logo para valorizar. Eu sou um escritor imortal, não da Academia Brasileira de Letras, mas porque não tenho onde cair morto.” [Nos debates com estudantes], “eles esperam, como todo mundo espera, que apareça um guru, um pai, um líder. Não que seja como eu, um cego, mas que aponte caminho. Eles ficam muito putos da vida quando eu vou, porque eles vão esperando que eu cague regras e eu não, só destruo as ilusões. Agora, eu faço questão de dizer para eles que, quando eu passo por ali, eles não vão saber se é para gostar ou não de mim. Uma coisa eles têm de saber. Eu estou correndo risco por causa da palavra.” [Em 1984, estréia um espetáculo-solo no Teatro Eugênio Kusnet (ex-Arena): O Palhaço Repete seu Discurso, com o qual também se apresentaria em inúmeras cidades.] “Neste show-palestra (ou palestra-show), o Palhaço é um instigador, que com seu humor grosso e maldito das quebradas do mundaréu vai desfilando casos que comprovam a absurda rotina que os homens sérios, empolados de responsáveis, estão levando, sem nenhuma participação na própria história, sem nenhuma influência no próprio destino. O Palhaço, marginalizado por não aceitar as regras do jogo dos homens enquadrados, não se afasta da sociedade. Permanece nas proximidades dos cidadãos contribuintes, destruindo seus valores, ridicularizando-os com seu humor grosso, chocando-os com sua linguagem livre, instigando-os para a tomada de consciência, na esperança de despertá-los para a vida. Ah, existe tanto amor nesse maldito Palhaço...” [Por muitos anos continuou fazendo palestras-shows para estudantes, muitas vezes acompanhado de seu filho Léo Lama, como num espetáculo que fizeram, em 1993: 40 Anos de Luta.] |
quarta-feira, 13 de julho de 2011
O Show de Plínio Marcos
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