quarta-feira, 22 de junho de 2011
Morta no último domingo aos 75 anos, Wilza Carla (foto) está na memória do grande público por conta das aparições exuberantes no júri antológico do Show de calouros, de Silvio Santos. Ali, ela chegava sempre com uma cabeça preparada por carnavalescos. Permanece viva também a presença nos extintos e luxuosos desfiles de fantasias, que ela concorria, sempre hors concours ao lado de figuras simbólicas como Clóvis Bornay e Evandro de Castro Lima. A show woman teve ainda uma aparição marcante da história da tevê brasileira. Ela explodiu literalmente em Saramandaia (1976). Compulsiva, a personagem Dona Redonda comeu tanto que foi pelos ares se transformando numa rosa gigante na trama de realismo fantástico criado por Dias Gomes. A cena até hoje é cultuada no YouTube, sendo uma das clássicas da história da tevê brasileira. A última novela que participou foi A história de Ana Raio e Zé Trovão (1990), sucesso de A Manchete recentemente reprisado no SBT. Com dificuldades financeiras, longe há tempos da grande mídia e com graves problemas de saúde, Wilza Carla morreu sem ter um importante período da vida artística reconhecido. A atriz e performer foi uma das maiores vedetes do teatro de revista deste país. Antes de engordar na década de 1970, foi uma das certinhas do Lalau, a lista de beldades de Stanislaw Ponte Preta. Trabalhou nas melhores revistas de Carlos Machado e de Walter Pinto, este um dos maiores nomes da história dos musicais do Brasil. Uma das mulheres mais desejadas e sensuais, era capa das publicações de famosos da época, nas quais davam entrevistas picantes sobre a agitada vida sexual. Uma das eleitas por Carlos Manga, emendou chanchadas na metade dos anos 1950 com as pornochanchadas dos anos 1970. Frequentemente, é vista no Canal Brasil, na faixa Como era gostoso o meu cinema.
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