Projeto concebido originalmente para a área de Ideias do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Brasília, Mitos do Teatro Brasileiro é calcado na memória das artes cênicas nacionais.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Boal no CCBB - 18/10

Teatro de Boal é lembrado terça no CCBB

16/10/2011

Augusto Boal_foto de divulgação

Projeto Mitos do Teatro tem encenação, conversa e depoimentos

“O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores - porque observam. Somos todos espect-atores”. A sentença é do teatrólogo Augusto Boal (1931-2009), o criador do método do Teatro do Oprimido, também do Teatro Invisível, do Teatro Imagem e de movimentos fundamentais do teatro brasileiro que se renovou na segunda metade da década de 1950. A vida e a obra do carioca que se tornou referência mundial nos métodos teatrais são lembradas pela série Mitos do Teatro Brasileiro, nesta terça, às 20h, no CCBB.

O projeto dirigido por Sérgio Maggio e J.Abreu tem como destaque da homenagem as participações dos diretores Aderbal Freire-Filho e Amir Haddad, dois grandes conhecedores da trajetória de Boal e dois pensadores-realizadores também fundamentais na nossa história teatral.

Augusto Boal surgiu para o teatro, depois de pós-graduar-se em engenharia química e fazer um curso de teatro em Nova York, como a principal liderança do Teatro de Arena em 1960. Foi perseguido pelo regime militar, preso e exilado. No exterior, desenvolve as bases do Teatro do Oprimido, método que foi adotado mundo afora e o projetou como um dos grandes nomes do teatro do século 20.

O crítico Yam Michalski resumiu bem a abrangência da presença de Boal no teatro brasileiro: “Até o golpe de 1964, a atuação de Augusto Boal à frente do Teatro de Arena foi decisiva para forjar o perfil dos mais importantes passos que o teatro brasileiro deu na virada entre as décadas de 1950 e 1960. Uma privilegiada combinação entre profundos conhecimentos especializados e uma visão progressista da função social do teatro conferiu-lhe, nessa fase, uma destacada posição de liderança. Entre o golpe e a sua saída para o exílio, essa liderança transferiu-se para o campo da resistência contra o arbítrio, e foi exercida com coragem e determinação. No exílio, reciclando a sua ação para um terreno intermediário entre teatro e pedagogia, ele lançou teses e métodos que encontraram significativa receptividade pelo mundo afora, e fizeram dele o homem de teatro brasileiro mais conhecido e respeitado fora do seu país".
da redação

serviço
Mitos do Teatro Brasileiro – Augusto Boal
data:18 de outubro
hora: 20h
local: Teatro I do CCBB
entrada franca
classificação 12 anos
informações 3108 7600

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