Projeto concebido originalmente para a área de Ideias do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Brasília, Mitos do Teatro Brasileiro é calcado na memória das artes cênicas nacionais.

sábado, 17 de novembro de 2012

Grandes Atrizes que o Brasil Esqueceu/Ismênia dos Santos


Atrizes que o Brasil esqueceu - Ismênia dos Santos: nasceu na Bahia em 21 de novembro de 1840 Estreou como amadora em terras baianas. Em 1865, migrou para o Rio, com o marido, também ator, Augusto dos Santos. Trabalhou sob a direção do grandioso Furtado Coelho, na comédia "Não é com essas", de 3 atos. Foi um acontecimento nos palcos naquele ano de 1865. Depois, tornou-se empresária teatral (Grande Companhia de Teatro de Variedades), comandando grandes sucessos do fim do sécu
lo 19 começo do 20, como "O Barbeiro de Servilha", "Helena" e "Mariquinhas". No palco, chamava a atenção a interpretação de gestos largos, que atraía um séquito de fãs. Era uma mulher ligada ao seu tempo. Recitou poemas abolicionistas no glorioso Theatro Santa Isabe,l em Recife, e foi ovacionada na cidade. Assim como, colhia notícias dos acontecimentos teatrais em Paris do século 19 para montar textos inéditos no Rio. As cidades que recebiam a sua companhia eram tidas como prestigiadas. Ave, Ismênia dos Santos!


"Em 1881, encorajada pelas notícias que vinham da França, a respeito do enorme sucesso das adaptações teatrais dos romances L’assommoir e Nana, a atriz e empresária Ismênia dos Santos resolveu encená-las no Rio de Janeiro. Com direção artística do ator e ensaiador Guilherme da Siveira, ambas tiveram praticamente o mesmo número de representações atingido por Thérèse Raquin, entre doze e quinze, o que significa para a época uma acolhida não desprezível. Além disso, foram amplamente discutidas na imprensa (...) (A Recepção de Zola e do Naturalismo nos Palcos Brasileiros João Roberto FariaTexto disponível em www.iea.usp.br/artigos)" O poema Ave libertas, obteve uma estréia promissora na época era engajado na causa abolicionista, e mereceu apoio da atriz Ismênia dos Santos que o recitou, em 1887, no Theatro Santa Isabel, no Recife e obteve grande consagração do público. Por tal desempenho Ismenia foi homenageada por Amando Goulart, proprietário do Centro dos Fumantes, uma tradicional fabrica de cigarros de Pernambuco. Uma grande homenagem segundo o modismo da época.
Na gravura acima observamos a litrogravura de Ismenia em um rótulo de cigarros, pertencente a Coleção Brito Alves, propriedade da Fundação Joaquim Nabuco, Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais.

Fonte:
O Teatro no Brasil, de J. Galante de Souza

Petrópolis do século 20

Na gravura acima observamos a litrogravura de Ismenia em um rótulo de cigarros, pertencente a Coleção Brito Alves, propriedade da Fundação Joaquim Nabuco, Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais.

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