Sérgio Maggio
Pelópidas virou Paulo porque ninguém acertava chamá-lo como o nome de batismo. A gota d’água foi a
Um dos grandes personagens de Paulo no teatro foi Herodes em Salomé, de Oscar Wilde com direção de Martim Gonçalves. Havia um burburinho na plateia após as sessões. “Que ator é esse?”, referindo-se a Gracindo. “O seu Herodes era extraordinário! Ele se expunha, não tinha medo do ridículo, se atirava, ia com tudo dentro da cena. Parecia que não tinha nada a perder, nunca”, lembra Paulo José.
Um marco na carreira de Paulo Gracindo foi como Pimentel em A falecida, adaptação de Nelson Rodrigues para o cinema por Leon Hirszman. Para convencer Ziembinski a levar Paulo para O santo inquérito, mesmo com a indicação de Dias Gomes, foi preciso levá-lo para ver o filme. “Um trabalho magnífico de Paulo Gracindo”, resumia Ginaldo de Souza, um dos produtores.
Em A falecida, Paulo Gracindo contracenava com uma das patners preferidas, Fernanda Montenegro. “Na hora da ação, entrava um monstro de um ator altamente preparado, qualificado e com uma bagagem de estudo do seu personagem que não vi em nenhum outro ator com quem eu tenha trabalhado na vida”
Na televisão, se cometer um erro, volta atrás e refaz. O teatro é implacável. Você não pode pedir desculpas e voltar atrás de jeito nenhum”
Um dos grandes sucessos de Paulo Gracindo nos palcos foi Brasileiro, profissão: esperança, musical de Paulo Pontes com direção de Bibi Ferreira. Ele dividiu a cena com Clara Nunes.
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