A porta permanece cerrada. Dá acesso à garagem por onde Dulcina de Moraes entrava e saía do teatro projetado por Oscar Niemeyer, sem precisar cruzar o foyer. Era espécie de passagem secreta que só os funcionários da Fundação Brasileira de Teatro (FBT) sabiam da existência. Quando ela girava a chave, o indefectível perfume e as pisadas firmes dos sapatos denunciavam que a matriarca adentrava ao seu templo. Mística, ela tinha um ritual. Antes de entrar no palco, espécie de território sagrado, beijava-o. Era um ato de respeito. Ali, estava diante de obra que ergueu com orgulho e ímpeto. Enfrentou a falta de dinheiro em construção que se arrastou por mais de uma década (1972 -1981). Até o determinismo do projeto do famoso arquiteto, ela alterou.
— Era íntima da família. A irmã de Niemeyer, Dulce Nunes, era professora da FBT. Dulcina costumava dizer que ele entendia era de cenários. De arquitetura cênica, era ela que sabia, lembra o amigo, diretor e professor B. de Paiva.
— Era íntima da família. A irmã de Niemeyer, Dulce Nunes, era professora da FBT. Dulcina costumava dizer que ele entendia era de cenários. De arquitetura cênica, era ela que sabia, lembra o amigo, diretor e professor B. de Paiva.
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